Arquitetura Religiosa pós Concílio Vaticano II e a Adequação do espaço celebrativo ao rito litúrgico: o caso do Alto Minho.
Em 1962, o papa João XXIII convocou o vigésimo primeiro Concílio da Igreja Católica, denominado como Concílio Vaticano II. No essencial, este Concílio visava uma modernização da Igreja através da reintrodução de aspetos litúrgicos, que se tinham perdido ao longo dos tempos. O eixo principal desta reforma é a centralidade da eucaristia e a participação ativa do povo e, como forma de operacionalizar estas alterações litúrgicas, são produzidos vários documentos, concretamente na abordagem arquitetónica, é publicada a Constituição Sacrosanctum Concilium, sendo este o documento que rege, coordena e orienta a nova conceção de espaço sacro.
Neste sentido, esta pesquisa abordou dois pontos (objetivos): identificar os princípios espaciais implícitos na Constituição Sacrosanctum Concilium e quais os reflexos práticos que os mesmos produziram na conceção do novo espaço religioso; observar a adequabilidade da arquitetura religiosa atual, produzida no Alto Minho, tendo em conta o ritual e simbolismo litúrgico.
A metodologia utilizada foi do tipo de investigação do método de estudos de caso (multicaso), baseado na natureza comparativa de três igrejas posteriores ao referido Concílio, onde o tratamento da informação recolhida é de origem qualitativa.
Os estudos de caso foram selecionados tendo em consideração os seguintes critérios de seleção: territorial; temporal; cultural e autoria. Desta forma, os espaços religiosos selecionados que contêm as características pré-definidas foram: Capela de Moledo – Caminha; a Igreja da Sagrada Família – Viana do Castelo; a Igreja Nova da Correlhã – Ponte de Lima.
A triangulação entre a análise documental, as entrevistas e a observação recolhidas para cada caso permitiu a abordagem interpretativa de toda a informação colhida, correlacionando os resultados da análise comparativa com a fundamentação teórica.
No âmbito desta pesquisa, a questão de partida que deu início à investigação foi: A arquitetura religiosa atual adequa-se às normas eclesiásticas vigentes e responde satisfatoriamente às necessidades da comunidade de fiéis?
Neste sentido, o intervalo temporal que define as obras apresentadas como ‘estudos de caso’ é aquele que medeia entre a realização do Concílio Vaticano II (1965) e a atualidade. Assim, as alterações litúrgicas com repercussões arquitetónicas, que o referido Concílio introduziu através da Constituição Apostólica Sacrosantum Concilium, visavam uma depuração litúrgica de todas aquelas aderências que lhe tinham sido incorporadas ao longo dos séculos, para recuperar a autenticidade inicial do culto – a assembleia congregada – e a consequente produção de espaços religiosos adequados, sendo este o objeto desta pesquisa.
A arquitetura religiosa tem, portanto, como principal objetivo a expressiva funcionalidade que as suas formas devem manifestar em relação aos renovados atos litúrgicos que nela se praticam, fazendo legível o espaço por todos os sentidos, ou seja, conduzindo os movimentos na sua dimensão física e também como nos movemos na dimensão espiritual. Assim sendo, este estudo indica um imprescindível e necessário conhecimento da liturgia, por parte de quem assume a responsabilidade de conceber um espaço desta natureza, para que o seu trabalho sirva, efetivamente, de veículo para o culto e para a definição de espaço sagrado entre os fiéis. Assim, a construção sacra, para além da criatividade que se lhe possa associar, transportará consigo um grande peso teológico e simbólico – claro está, desde a crença Cristã – daí a dificuldade técnica e também a sua fundamentação, resultante da sua conceção, ser extremadamente complexa.
Antes de mais, convém referir que a análise e interpretação das normas constantes no referido documento são revestidas de certa ambiguidade, isto porque as mesmas estão redigidas de forma dúbia. Assim sendo, dos vários pontos de análise extraídos para a aferição da adequabilidade do edifício – indicadores – aclara-se que uns abordam questões de natureza física e outros de natureza simbólica.
A primeira fase desta pesquisa teve como objetivo identificar os princípios espaciais implícitos na Constituição “Sacrosanctum Concilium”, sobre a Liturgia (Concílio Vaticano II, 1965), sendo este o documento pós-conciliar que abordou, especificamente, a questão da arte sacra na qual a produção arquitetónica se insere. Desta forma, após a leitura do referido documento, da sua análise e interpretação e, posterior acareação com os teólogos – informantes chave – dos pontos extraídos de significante importância, no sentido de estes aclararem todos as questões dúbias surgidas na leitura, poder-se-á referir que as soluções arquitetónicas atuais parecem indicar duas finalidades compositivas complementares. Por um lado, estas soluções olham para o exterior – mostrar – convertendo-se numa referência identitária da composição das nossas cidades e, por outro lado, olham para o interior – chamar – já que dotam o espaço interno de condições prioritárias no desenrolar das ações litúrgicas. Dito isto, verificou-se haver uma intensa fusão entre estes dois propósitos – mostrar e chamar – já que todos os programas estudados expandem a sua área sacra mais além do seu envoltório arquitetónico, nomeadamente, para o adro que lhe está adossado – espaço de transição que integra a nova conceção compositiva, fomentando, desta forma, as relações sociais, dialogando e interagindo com a comunidade indo, assim, a arquitetura religiosa atual além do seu exercício meramente litúrgico.
As variações introduzidas no culto tiveram as inevitáveis alterações espaciais do templo, mas há circunstâncias celebrativas que são transversais à história deste – o culto, assim, as condições de comodidade física e sensorial permanecem fundamentais na frutuosa comunicação no ato celebrativo, neste sentido a expressão artística do edifício não pode ser incompatível com tais requisitos. Assim, este estudo indica que o excessivo ruído no interior do espaço celebrativo, tal como a insuficiente visibilidade em direção ao presbitério (obstáculos no campo visual da nave), que compromete a unidade espacial requerida, são fatores que se apontam como de inadequação do edifício. Constatou-se, também, que o espaço sacro requer silêncio e interiorização, deste modo, a renovada arquitetura religiosa pós-conciliar tem a responsabilidade e obrigatoriedade de responder de forma exímia a esta necessidade física e sensorial, nomeadamente através da dotação do espaço de condições técnicas que o insonorizem adequadamente o recinto, porque se apurou que sem o silêncio – exterior, não sendo impossível, é mais difícil conseguir o verdadeiro e eficaz silêncio – interior.
Em relação ao silêncio que se deve registar no espaço celebrativo, o estudo indica que este é tão importante como a boa acústica do mesmo espaço, assim sendo as normativas referem a íntima relação que se deve observar entre a música e a ação litúrgica. A transformação deste texto em ações é revestida de muita subjetividade, por conseguinte, constatou-se que a conceção da normativa – a localização do coro – tem diferentes reproduções no espaço celebrativo, no sentido de cada proposta recolher o seu próprio significado litúrgico, mas, nesta relação interna dos elementos litúrgicos, regista-se inconformidade na conexão destes com as indicações eclesiásticas recolhidas para este item.
A renovação litúrgica exposta nesta pesquisa pretendia reaver o conceito da congregação de fiéis como o elemento litúrgico central da eucaristia. Assim, este estudo indica a unanimidade na definição da estrutura espacial interna, no sentido de dar cumprimento a essa intenção, assim, a planta basilical de modelo axial, longitudinal, retangular e simples, que exalta o caminho processional, foi eleita como a tipologia mais acorde com a premissa de reunir a comunidade e de a aproximar do presbitério. Esta opção teve claras preocupações litúrgicas e simbólicas, alcançando-se, notoriamente, um espaço celebrativo mais democrático e uno, semelhante ao existente nos primeiros templos do Cristianismo.
Averiguou-se, também, que esta perceção – a de reunir – ganha enfâse nos novos espaços pelo despojamento ornamental que se depreende na leitura interior do ambiente celebrativo, manifestando uma sensação de unidade, potenciada pela compreensão de todo o envoltório interno. Porém, a composição axial insinua que a configuração enfoca deliberadamente o altar, dando-lhe protagonismo e trazendo-o para mais próximo da congregação de fiéis, indicando, desta forma, o novo rumo litúrgico, onde a organização das partes trabalha em favor da liturgia, da nova liturgia.
Quanto ao valor artístico autêntico, referido no documento, é notório neste estudo que a nova conceção religiosa dos templos utiliza uma linguagem adaptada à sociedade atual e a toda a sua conjuntura – espiritual, cultural, económica, entre outras – havendo a intenção de construir espaços que fossem o reflexo da sociedade contemporânea. Pode-se referir que há multiplicidade de aspetos que distinguem os novos espaços religiosos, constatando-se, assim, que há várias formas de produzir tipologias religiosas válidas e competentes que seguem, igualmente, os preceitos referidos nos documentos supracitados.
A essência geométrica dos novos espaços é alicerçada em formas básicas e abstratas, sem adições miméticas de cariz religioso que encaminhem para essa interpretação. Então, o referencial arquitetónico é a pedra angular na sua caracterização como igreja, privilegiando, desta forma, «a nobre beleza à mera sumptuosidade». (Sacrosanctum Concilium, 124º)
Após identificar e escalpelar os princípios espaciais a que o referido documento faz alusão, passou-se para a segunda fase, e última, a que este estudo faz referência. Esta fase consistia em verificar a adequabilidade da arquitetura religiosa atual, ao ritual e simbolismo litúrgico, derivados da reforma conciliar, com base nos três estudos de caso, anteriormente apresentados.
Os dados manifestam que o mero facto do cumprimento integral das normas eclesiásticas atuais, para a produção de arquitetura religiosa, não premeia o edifício com a distinção de adequabilidade, sem antes, aferir da sua autocompreensão por parte da comunidade, para a qual deverá este espaço estar dirigido, e da necessária união e articulação orgânica e funcional de todos os elementos compositivos, na formação de um ‘todo’.
Percebeu-se, igualmente, que a comunicabilidade que se almeja entre templo e fiéis, tem que ser bidirecional, desta forma, a arquitetura religiosa pretende ‘significar’ sempre algo e a comunidade está sempre disposta para o ‘interpretar’, sendo necessário ajustar a linguagem de modo que não haja perda de informação. Para melhor analisar a adequabilidade dos novos espaços, dividiu-se esta abordagem em dois pontos: a adequabilidade em relação às normas tangíveis (mensuráveis) e em relação a aspetos intangíveis (simbólicos), presentes na conceção do espaço.
Assim sendo, no que diz respeito às normas tangíveis, identificou-se várias inadequações desta índole no espaço celebrativo, por exemplo: a falta do genuflexório, a má acústica, a ocultação do sacrário por parte do celebrante e a sua centralidade, o excessivo número de degraus para o presbitério e a inexistente proteção dos mesmos, a presença no campo visual de obstáculos estruturais, a tribuna cuja participação nela é reduzida, o excessivo protagonismo do coro, entre outras. Estas inadequações indicam que, para além de não favorecerem os atos litúrgicos, poderão comprometer a participação ativa dos fiéis, sendo estes os pilares sobre os quais gravita a nova conceção litúrgica pós-conciliar.
Cabe, igualmente, ressaltar que muitas das normas, apontadas no documento supracitado, foram devidamente acauteladas nas propostas, como sendo: a elevação e centralidade do altar, a simplicidade compositiva da cadeira do celebrante, o despojamento ornamental no interior, a localização do órgão, a localização do sacrário e batistério, entre outras, permitindo, deste forma, que o edifício se alinhe com as normativas eclesiásticas pós-conciliar.
Em relação aos aspetos intangíveis (simbólicos): a sensação de reunião, a perceção do simbolismo, o conceito de ‘chamamento’, entre outros, depreendeu-se a sua identificação por parte dos sujeitos que fruem o espaço, num justo reconhecimento à sensibilidade do autor em tingir a obra com determinados elementos compositivos que a enobrecem e a distinguem pela sua dimensão simbólica.
Na introdução fala-se da adequabilidade da arquitetura religiosa atual, neste sentido, e pelos factos expostos, sendo controversos, verifica-se, por um lado que os edifícios em estudo não cumprem na íntegra todas as recomendações para a produção dos novos espaços sacros e, por outro, esses mesmos incumprimentos não se refletem na apreciação que a comunidade eclesial e respetivo celebrante relatam acerca deles, considerando-as adequados aos atos litúrgicos.
Assim, depreende-se, desta mescla de condicionantes, duas situações: que a liturgia é flexível e adaptável ao espaço celebrativo existente, como a própria história o demostra e, eventualmente, qualquer situação menos acorde com a mesma, não é suscetível de comprometer a sua ação; e que os incumprimentos normativos, de cariz arquitetónico registado, não revestem tal importância e significado que condicionem o edifício para a obsolência funcional.
Desta forma, o novo espaço integra a comunidade na sua conceção e reclama a atenção para o equilíbrio sensato entre a sua funcionalidade e a sacralidade estilística, que lhe é própria e obtida através dos sentimentos que provoca.
Em suma, o estudo aponta para que a arquitetura religiosa pós-conciliar não cumpre, na íntegra, as indicações eclesiásticas quanto à edificação dos novos espaços religiosos. Ainda assim, crê-se que a sua adequabilidade é manifesta, tendo em conta que os protagonistas do espaço celebrativo e do conceito da nova eucaristia – a congregação dos fiéis – assim o referem, atendendo a que o espaço atual serve e exalta a celebração comunitária, emula a expressão do sagrado e fá-los partícipes no ato supremo da liturgia. Admite-se que quando um espaço, religioso ou não, responde de forma satisfatória às necessidades da comunidade, por e para o qual foi concebido, a sua adequabilidade é notória.
Ressalte-se que os resultados desta pesquisa não são passíveis de extrapolação, representando, simplesmente, o contexto no qual se insere a recolha desta informação – Alto Minho – mas, crê-se que esta realidade pode existir em muita da arquitetura religiosa atual ou, quiçá, em toda ela.
As diferentes realizações arquitetónicas estudadas nesta pesquisa evidenciaram que tanto a sua conceção, como a definição do seu espaço celebrativo estão concebidas em torno de um programa, de uma comunidade e de um conceito, içando uma nova expressividade arquitetónica. Mas a sua conceção é fundamentalmente assente sobre um conhecimento teológico profundo, por parte dos autores que as alicerçam e as definem na sua identidade como Templo.
Apurou-se que estes espaços de culto não recorreram a adições de elementos religiosos estereotipados, caracterizadores das construções eclesiásticas, mas sim, os reinterpretaram e reintegraram, conjuntamente com adição de elementos e materiais de natureza tradicional de origem local que, unidos criaram uma composição exterior que sugere a sua função litúrgica interna. Subsiste, portanto, coexistência concetual entre o inovador e o tradicional e como refere o arq. Peter Zumthor fez-se, desta forma a «ancoragem sensorial da obra no seu lugar».
Verificou-se, também, que apesar de distintos programas funcionais, materialidade e técnicas utilizadas, centralidade urbana, expressão plástica, entre outros, há pontos comuns que relacionam e vinculam a nova produção sacra na sua conceção e a caracterizam como templo. Assim sendo: a luz – ou a sua ausência, a composição espacial e a definição litúrgica depreendem-se como características análogas da arquitetura religiosa atual, assumindo-se, desta forma, como os pilares sobre os quais fica patente a sua função sacramental de oração e contemplação, indo ao encontro do paradigma unitário, proclamado pela Igreja e nos quais os novos espaços religiosos estão imbuídos.
Esta pesquisa permitiu, ainda, perceber o incontornável valor que a arquitetura religiosa atual detém no contexto social e urbano, afirmando-se como um espaço multifuncional de culto que gravita em torno do centro da comunidade, erigindo, assim, uma nova centralidade cívica – àgora. Esta nova conceção reflete-se pela multifuncionalidade que o complexo religioso alberga e, à qual a arquitetura dá forma, nomeadamente, na versatilidade funcional da igreja, que não limita o espaço celebrativo ao mero exercício litúrgico, acolhendo, por exemplo, atuações musicais no seu interior. Neste sentido, os novos espaços religiosos são um elemento mais do tecido urbano, com o qual dialoga e, simultaneamente constrói, tornando assim, significante a sua configuração tipológica, não só pelo equilíbrio entre a arquitetura e programa. Em síntese, o sentido comunitário que se depreendeu desta análise e, sobre o qual todas as propostas se desenvolveram, convertem-nas num suporte de elementar valor comunitário.
Um dos aspetos que cabe melhorar é a difusão e comunicação da nova conceção arquitetónica, resultante da alteração litúrgica, diante da comunidade eclesiástica, pois, durante a pesquisa apurou-se falta de compreensão do novo espaço sacro por parte dos fiéis. Esta falta de comunicação entre as partes – Igreja e comunidade – reconhecida também pelos autores das obras, deriva numa série de incompreensões arbitrárias, que afastam o templo dos fiéis, para os quais este foi concebido. Ora, quando tal foi feito – o esclarecimento da nova conceção arquitetónica – a reação da comunidade foi no sentido de apreciar e valorizar os aspetos estéticos, simbólicos e concetuais do edifício sacro.
Voltando à forma arquitetónica dos novos espaços de culto, pode-se referir que esta – a forma – é definida pelo símbolo, que permanece e é essencial na estruturação dos mesmos. Estes símbolos, de cariz geométrico ou religioso, condicionam a sua espacialidade, ou seja, a nova arquitetura sacra é alavancada em geometrias pré-concebidas, para estruturar e desenvolver toda a proposta, onde a presença do símbolo se confunde no templo, simultaneamente, como a parte e como o todo do objeto arquitetónico e, ainda, como meio e como fim do conceito, convertendo o espaço num verdadeiro e metafórico lugar teológico, com evidente simbiose entre funcionalidade e simbolismo. Convém realçar a questão do símbolo, independentemente da sua origem ou significado, como sendo o elemento formal e crucial na estruturação de uma forma arquitetónica sagrada e pensada e, ainda, como o manipulador dessa forma, onde a arquitetura é a responsável pelo movimento do crente no espaço, traduzindo, assim, a liturgia em ação.
Este estudo indica ainda que não há, seguramente, um único caminho ou estratégia para acomodar a dimensão física e simbólica do ser humano no espaço celebrativo através de soluções previamente estabelecidas. Existe o caminho, o único caminho, o da efetiva fundamentação, do espaço ideado, desde a perspetiva teológica.
Arquitetonicamente, a nova conceção do espaço religioso, salvaguarda as normas primordiais que favorecem a participação ativa, desta forma, a centralidade do presbitério, o despojamento ornamental no interior e a comodidade física e sensorial dos fiéis, identificam-se como o núcleo sobre os quais flutua a expressividade funcional do templo atual.
E, por último, uma pesquisa sobre a adequabilidade da arquitetura religiosa atual pode explorar muito mais, neste sentido seria pertinente um estudo de natureza quantitativa, que consolidaria os resultados apresentados nesta dissertação. Em princípio temas como a introdução de novas tecnologias no espaço celebrativo, tais como projeções multimédia, internet, realidade virtual, domótica, teriam, também, interesse em ser abordadas, assim como uma futura alteração do seu uso (reconversão espacial), são exemplos de estudos pertinentes efetuar.
Outra questão de certa atualidade, e cujo mediatismo impõe uma reflexão, é a construção de espaços inter-religiosos, sua comunicação, pertinência e conjuntura, tendo em conta o paradigma social de uma população cada vez mais laica. Em suma, é o trilhar de um caminho que só iniciou o seu percurso…
Dito isto, esta exposição não pretende alcançar nenhum patamar de verdade absoluta e tem, como último desígnio, a aquisição de um quadro teórico de conhecimento, válido e suscetível de fundamentar a futura atividade profissional.
Palavras-chave:
Concílio Vaticano II (1965), Sacrosanctum Concilium, Arquitetura Religiosa, Igreja, Adequabilidade Litúrgica.
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