Francisca Silva e Rafael Coelho. Resumo O presente artigo pretende abordar as novas realidades tecnológicas e como elas são utilizadas no ensino. É feita uma abordagem sobre a realidade aumentada, a realidade virtual e a inteligência artificial, ainda é realizado um estudo de caso sobre as seguintes tecnologias. As tecnologias são ferramentas que não podem ser evitadas dentro da sala de aula, devido a isso e a evolução contínua da tecnologia em si, é necessário conhecer as novas realidades que vêm surgindo.
Com as novas realidades é essencial entender como elas podem e devem ser utilizadas na educação de maneira a facilitar a mesma. Compreender os seus benefícios e dificuldades permite o total entendimento de como é possível o ser humano utilizar ao seu favor estes dispositivos.
No final do artigo é apresentado um inquérito feito à estudantes para entender melhor a opinião sobre estas novas realidades tecnológicas e o futuro delas no ensino.
Palavras-chave: tecnologias, ensino, realidades, novas
Novas realidades tecnológicas na educação
Introdução
A investigação presente neste trabalho, no âmbito da unidade curricular de Media e Cultura Contemporânea, do terceiro ano da licenciatura do curso de Ciências da Comunicação, tem como ponto de partida analisar o impacto das novas tecnologias no setor da educação, considerando as suas contribuições para uma construção de uma aprendizagem mais dinâmica e inclusivos. Além disso, explora-se os desafios que estas novas realidades tecnológicas trazem consigo, como a necessidade de formação dos docentes e a reflexão sobre os limites éticos e pedagógicos sobre o seu uso nas escolas/universidades.
As novas tecnologias transformam e modificam os métodos tradicionais da educação, permitindo métodos mais interativos e personalizados. Ferramentas como a realidade aumentada, realidade virtual e a inteligência artificial potencializam o acesso ao conhecimento, transformando a experiência de ensino, muito mais criativa, fomentando o pensamento crítico nos alunos.
Ao abordar a relação entre as novas realidades tecnológicas e a educação, propõe-se um olhar crítico sobre como estas novas tecnologias moldam as novas práticas do ensino e de que forma irão contribuir para a formação de cidadãos.
As tecnologias na educação
Os aparecimentos das tecnologias causaram uma série de questões tanto para a vida cotidiana como para a sala de aula. Com estes aparelhos foi gerada uma nova maneira de comunicação e de acesso à informação com rapidez e precisão. (Almeida; Cantuária & Goulart, 2021)
A evolução da tecnologia abriu portas para um fluxo de comunicação e partilha de informação, o que permitiu uma maior interação nos métodos de aprendizagem. Com este avanço as maneiras de ensino foram alteradas. (Almeida; Cantuária & Goulart, 2021)
Agora com as tecnologias o professor precisou de se adaptar a estas novas realidades, exigem uma construção de conhecimento perante as tecnologias para conseguir a partilha de informação. (Almeida; Cantuária & Goulart, 2021)
Quando em sala de aula, as tecnologias criam um ambiente mais participativo e no ensino já é necessário que sejam instruídas como as utilizar para assim os alunos poderem ter um leque de habilidades para o futuro. (SANTOS, 2010 citado por Almeida; Cantuária & Goulart, 2021, p.306)
Ao usar as tecnologias durante o ensino possibilita os alunos adquirir uma data de qualidades como, por exemplo, imaginação e espírito crítico. Tornaram-se ferramentas essenciais para o progresso dentro da sala de aula. (Calvacante, 2012, citado por Almeida; Cantuária & Goulart, 2021, p. 309)
Atualmente, é essencial que os professores sejam criativos e estejam dispostos a empregar as tecnologias como ferramentas para promover a interação no ensino. Devido a funcionalidade dos recursos pedagógicos que tornam as atividades em sala de aula mais eficazes, o que facilita o compartilhar de experiências e fortalece a relação entre o docente e aluno. (Almeida; Cantuária & Goulart, 2021)
Realidade aumentada
Foi na Universidade da Carolina do Norte que foi desenvolvido o primeiro sistema de realidade aumentada (RA), esta ferramenta com fins de ser utilizada na aprendizagem da anatomia tridimensional, através de um dispositivo onde continha uma tela encaixada na cabeça. (Garzón, 2021)
Numa era da tecnologia, o ensino abraça as novas realidades que o rodeiam e utiliza as mesmas para se diversificar. A realidade aumentada é um sistema que permite uma comunicação entre o mundo real e o mundo da tecnologia. (Garzón, 2021)
Esta tecnologia faz uso do 3D para conseguir projetar o que o utilizador quer ver através de um dispositivo. Ao contrário das tecnologias que ainda residem nas salas de aulas que podem causar algum limite aos métodos de ensino. Para fazer uso é necessário algum aparelho tecnológico com capacidade de suportar as configurações da RA. (Celestino et al., 2020)
Esta tecnologia enaltece a partilha de informação e concedeu a evolução e acessibilidade tanto na educação como nos vários espaços de trabalho. (Garzón, 2021)
Com a inserção da RA na aprendizagem, novas maneiras serão criadas para o ensino, através de um simples dispositivo será possível criar uma infinita variedade de visões. A educação precisa de abraçar esta tecnologia e ingressa-la para tirar o melhor proveito da mesma. (Garzón, 2021)
2.1. Realidade aumentada no ensino
Dentro desta tecnologia várias ferramentas já foram criadas para atuar em setores de ensino como, por exemplo, a engenharia e a saúde. Iniciativas como o MetaVisión, que conceberam estas ferramentas, prezam por instituir a prática da realidade aumentada no ensino para tornar a aprendizagem participativa. (Villarán, Ibañez, & Delgado Kloos, 2015, citado por Fernandez, 2017, p.5)
Na área do design a realidade aumentada também será presente, será utilizada de maneira a gerar, no digital, ideias e permitir que sejam apresentadas visualmente com o material que será fabricado. O foco principal da realidade aumentada é dar uma oportunidade de ver através de um dispositivo a sua dimensão no real, sem ter mesmo o trabalho físico. (Di Serio, Ibáñez, & Delgado Kloos, 2013 citado por Fernandez, 2017, p.5)
Na saúde, os professores têm a oportunidade de usar a realidade aumentada para mostrar o corpo humano digital, os seus componentes, dividir cada parte do corpo para ter uma abordagem mais específica sobre determinado assunto ou até acessar alguma informação sobre essa parte. Além disso, pode trazer os alunos para a interatividade e ao mesmo tempo os estudantes trabalharem sobre esse modelo. (Ibáñez, Di Serio, Villarán, & Delgado Kloos, 2014 citado por Fernandez, 2017, p.5).
Acerca da engenharia, da mesma forma que a área da saúde, os docentes podem criar modelos digitais de infraestruturas arquitetônicas e possibilitando a realização de tarefas tanto em individual como em grupo. Os alunos quando em grupo poderiam interagir no mesmo projeto na tecnologia assim com fins de produzir uma comunicação mais dinâmica e também evoluir no quesito de qualidade de trabalho. (Ibáñez, Di Serio, Villarán, & Delgado Kloos, 2014 citado por Fernandez, 2017, p.5).
2.2. Benefícios proporcionados por esta tecnologia
Criatividade e perceção
A RA contribui para uma aprendizagem mais imersiva e cria um meio de aprendizagem mais impulsionador para a criatividade e perceção do estudante, e projetem as suas ideias visualmente com maior facilidade. (AYER; MESSNER; ANUMBA, 2016; MANRIQUE-JUAN, C. et al., 2017, citado por Ferenhof et al, 2019).
Interatividade e colaboração
A utilização desta tecnologia preza pela interatividade, causa com que os alunos se comuniquem tanto entre si como com os docentes. A possibilidade de imaginação com esta tecnologia é imensa porque ela permite interação e colaboração dentro e fora de aula, consequentemente os estudantes podem conhecer novas realidades e construir ambientes onde possam interagir de maneira a desenvolver projetos. (BILLINGHURST; DUENSER, 2012 citado por Ferenhof et al, 2019).
Muitas plataformas de RA permitem que os alunos trabalhem em equipa, ao interagir com o mesmo conteúdo ao mesmo tempo, compartilha ideias e soluções. Esse tipo de colaboração ativa melhora as habilidades de comunicação e trabalho em grupo, além de criar uma atmosfera de aprendizagem mais dinâmica. (BILLINGHURST; DUENSER, 2012 citado por Ferenhof et al, 2019).
Adaptativa
Com a RA, é possível criar experiências de aprendizagem adaptadas a cada aluno. As atividades podem ser ajustadas em termos de dificuldade e ritmo, de acordo com o progresso individual. Isto é útil em contextos educativos diversificados, onde alunos com diferentes níveis de habilidade podem beneficiar de uma abordagem mais personalizada. (Garzón, 2021)
2.3. Dificuldades apresentadas por esta tecnologia
Acessibilidade
A acessibilidade refere-se ao parâmetro das pessoas que têm algum tipo de deficiência e como é dada a possibilidade de as tecnologias serem usadas por qualquer pessoa. As ferramentas que utilizam a RA ainda não estão adaptadas para suprir todas as necessidades destas pessoas e devido ao grande uso por parte destes indivíduos com deficiência, é necessário a melhoria destes dispositivos para permitir uma aprendizagem mais dinâmica. (Garzón, 2021)
Usabilidade
A RA exige uma compreensão sobre a tecnologia para ser usada e esse é um dos pontos que pode dificultar a sua utilização. Para usufruir da mesma é necessário que os estudantes tenham um conhecimento prévio, façam multitarefas, usem da sua atenção, por isso com o avanço desta tecnologia é essencial encontrar maneiras que permitam o fácil enquadramento na sala de aula. (Garzón, 2021)
Disseminação
Quando um indivíduo quer usar a RA a ferramenta exige um download e uma instalação e até plataformas específicas para atuar, este processo acaba por cansar os utilizadores pela demora. Além disso, esta tecnologia reside em uma plataforma apenas e necessita de constante desenvolvimento para se inserir em diferentes plataformas. A RA acaba por se limitar neste aspecto e para melhorar a disseminação da mesma é preciso derrubar estas barreiras. (Garzón, 2021)
Realidade Virtual
A Realidade Virtual (RV) surgiu na década de 60, com o desenvolvimento do ScketchPad por Ivan Sutherland. No entanto, só na década de 90 é que ganhou força, graças ao grande avanço tecnológico que permitiu o uso de sistemas gráficos interativos em tempo real. (Kirner e Siscoutto, 2007)
Os inícios não foram de fácil popularização, uma vez que eram necessários equipamentos específicos como capacete, luvas, óculos estereoscópicos, mouses 3D e muito mais. Posto isto, uma “viagem” para um ambiente virtual totalmente desconhecido não fornecia confiança às pessoas. (Kirner e Siscoutto, 2007)
A Realidade Virtual é o uso de tecnologias avançadas para proporcionar ao usuário uma sensação de imersão numa realidade alternativa. Promove e permite um envolvimento e uma interação total da pessoa, fazendo-a acreditar que está num outro ambiente. Reduz a distância entre o usuário e a simulação, superando todas as limitações que os sistemas de operação tradicionais colocam. (Braga, 2001)
Graças a este grande avanço tecnológico, tudo é mais rápido e fácil, tornando a Realidade Virtual acessível não apenas aos grandes centros de pesquisa, mas também à educação. (Braga, 2001)
3.1. Realidade Virtual na Educação
Uma das grandes questões colocadas sobre a Realidade Virtual é sua compatibilidade com a Educação. A RV é vista como um instrumento poderoso que irá ser uma catapulta para a evolução do ensino. (Braga, 2001)
A Educação, à semelhança da Realidade Virtual, é um processo de descoberta, observação e construção de conhecimento, porém, com estas duas interligadas, haverá a possibilidade de aprendermos sobre lugares, sítios de difícil acesso. (Braga, 2001)
Destacam-se os benefícios que esta ferramenta “poderosa” terá na aprendizagem, tais como: maior interesse e motivação por parte dos alunos, capacidade única de ilustrar os processos e objetos de forma mais eficaz e concreta, análise profunda e pormenorizada ou até mais distante (se for o caso) e permite às pessoas com deficiência a oportunidade de realizar tarefas que não são possíveis. (Braga, 2001)
Contudo, a utilização da Realidade Virtual acarreta barreiras que impossibilitam o uso desta ferramenta ao nível escolar. Os elevados custos na sua implementação, o despreparo dos professores, a falta de métodos, de técnicas, de ferramentas de desenvolvimento e até mesmo o próprio envolvimento de equipas multidisciplinares colocam esta questão muito longe do setor da educação. (Braga, 2001)
3.2. Realidade Virtual no Ensino Especial
A Realidade Virtual está a revolucionar o ensino especial, ao proporcionar ferramentas inovadoras para ajudar as necessidades individuais de alunos com deficiência. Temos o exemplo das crianças diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA), que demonstram défices na área da comunicação, interação social e comportamental. Segundo um estudo em 1996, duas crianças com TEA responderam aos cenários virtuais de forma significativa, o que torna relevante o potencial uso da RV na aprendizagem. (Afonso et al, 2020)
O uso desta tecnologia nestes alunos tem como principal objetivo melhorar a qualidade do trabalho do professor, permitindo a interação e a comunicação. (Afonso et al, 2020)
Outra temática são os alunos com deficiência auditiva. Tendo em conta que vivemos numa era tecnológica, estes alunos são facilmente inseridos no mundo digital. Como são principalmente indivíduos visuais, a interação com a realidade virtual fornece estímulos deste foro, sendo captados de forma mais eficaz, o que motiva um aluno surdo para a parte escrita e literária. (Afonso et al, 2020)
3.3. Anatoml 3D: Realidade Virtual no Ensino da Medicina
Ao longo da história, a medicina tem evoluído significativamente, graças às descobertas científicas e avanços tecnológicos. Desde a invenção do microscópio até ao uso da inteligência artificial, cada passo dado contribuiu para melhorar o diagnóstico e o tratamento dos doentes. (Monteiro et al. 2006)
Nos últimos anos, a Realidade Virtual surgiu como uma das inovações mais promissoras na área da medicina não só nos exames e simulação de procedimentos mais detalhados, como também na preparação e ensino de profissionais de saúde. (Monteiro et al. 2006)
Anatoml 3D é um atlas de anatomia baseado em RV gratuito que proporciona uma experiência interativa, mostrando modelos tridimensionais do corpo humano com descrições textuais detalhadas sobre cada estrutura. Esta ferramenta permite uma visualização tridimensional, de forma a garantir a sua veracidade em relação às estruturas reais do organismo. Possibilita ainda uma interface bastante imersiva, facilitando o estudo e a análise aprofundada do ambiente que o usuário está a explorar. (Monteiro et al. 2006)
No ponto de vista académico, estudantes de medicina veem Anatoml 3D como uma alternativa aos atlas existentes que não garantem visualização presencial da estrutura do corpo humano e aos livros de medicina que têm limitações ao nível visual, proporcionando-lhes assim, uma melhor consolidação do conhecimento. (Monteiro et al. 2006)
Inteligência Artificial
A inteligência artificial (IA) representa um dos desenvolvimentos tecnológicos mais importantes das últimas décadas, tendo um impacto significativo em diversos domínios, incluindo a educação.
É um domínio tecnológico em expansão, capaz de alterar todos os aspetos das nossas interações sociais. Na educação, a IA começou a produzir novas soluções de ensino e aprendizagem que estão atualmente a ser testadas em diferentes contextos. (Pedro et al., 2019).
Trata-se da ciência e engenharia de criar máquinas inteligentes, especialmente programas de computador inteligentes. Está relacionada com a tarefa semelhante de usar computadores para compreender a inteligência humana, mas a IA não tem de se limitar a métodos que sejam biologicamente observáveis. (McCarthy, 2004).
Uma das vantagens mais importantes da IA na educação é a capacidade de personalizar a aprendizagem. Os sistemas educativos baseados em IA, como sistemas de tutoria inteligente, chatbots e avaliações automatizadas, podem adaptar o processo de aprendizagem às necessidades individuais dos alunos, permitindo-lhes aprender ao seu próprio ritmo e de acordo com as suas preferências e o tempo disponível. (Ballantine & Stoner, 2024).
4.1 Três Tipos de Inteligência Artificial (IA)
Inteligência Artificial Estreita (ANI)
Também conhecida como IA Fraca, a ANI é projetada para desempenhar tarefas e funções específicas. Destaca-se numa área específica, mas não consegue realizar tarefas além do seu âmbito programado. Exemplos incluem sistemas de recomendação, assistentes virtuais (como a Siri ou a Alexa) e software de reconhecimento de imagens. (Russell et al., 2021).
Inteligência Artificial Geral (AGI)
A AGI, ou IA Forte, refere-se a máquinas com a capacidade de aprender, compreender e aplicar conhecimentos numa ampla gama de tarefas – de forma semelhante à inteligência humana. Estes sistemas são capazes de realizar qualquer tarefa intelectual que um ser humano consiga. (Goertzel, 2007).
Inteligência Artificial Superinteligente (ASI)
A ASI representa sistemas de IA que ultrapassam a inteligência humana em todos os aspetos, incluindo criatividade, resolução de problemas e inteligência emocional. Este tipo de IA é especulativo e ainda não foi alcançado. (Bostrom, 2014).
4.2 Vantagens da Inteligência Artificial (IA)
Uma das principais vantagens da inteligência artificial é que as suas decisões são baseadas em factos, e não em emoções. Mesmo com o máximo esforço, é um facto bem conhecido que as decisões humanas são frequentemente influenciadas de forma negativa pelas emoções.
Os benefícios da inteligência artificial são incríveis, pois esta área permite-nos evoluir e avançar para um futuro marcado pela automação. Seguem-se as principais vantagens da Inteligência Artificial (IA):
- Conclusão de tarefas mais rapidamente do que um ser humano,
- Trabalho complexo e stressante realizado com facilidade,
- Realização de tarefas difíceis num curto espaço de tempo,
- Capacidade de desempenhar várias funções em simultâneo,
- Elevada taxa de sucesso,
- Menos erros e defeitos,
- Maior eficiência num curto período,
- Redução do espaço e do tamanho dos sistemas,
- Capacidade de calcular situações complexas a longo prazo,
- Descoberta de territórios inexplorados, como o espaço sideral. (Khanzode & Sarode, 2020).
4.3 Desvantagens da Inteligência Artificial (IA)
Algumas das principais desvantagens da Inteligência Artificial (IA) no nosso dia a dia são as seguintes:
- Pode ser mal utilizada, levando à destruição em grande escala,
- Ocorrem erros de programação que podem resultar em ações opostas ao comando dado,
- Impacto negativo nos empregos humanos,
- Aumento do problema do desemprego,
- A criatividade depende exclusivamente do programador,
- Falta de empatia e contacto humano,
- As novas gerações podem tornar-se mais preguiçosas,
- Requer muito tempo e dinheiro para desenvolvimento,
- Aumento da dependência tecnológica. (Khanzode & Sarode, 2020).
4.4 Impacto da Inteligência Artificial (IA) na Educação
Com a contínua aplicação e uso das tecnologias de informação, é inevitável que a IA tenha impactado a educação de várias formas. […] O estudo pretende avaliar como a IA afetou o ensino, a aprendizagem e a administração e gestão no setor educativo.
Espera-se que o estudo demonstre que a IA tem contribuído para uma maior eficácia e eficiência na realização de tarefas administrativas na educação, além de melhorar a eficácia no ensino e na aprendizagem.
Este estudo será benéfico para vários intervenientes no setor da educação. Irá contribuir para o avanço do conhecimento, teoria e descobertas empíricas que identificam e discutem as diferentes formas pelas quais a IA impactou a educação. (Chen et al., 2020).
Os resultados beneficiarão académicos, profissionais e responsáveis políticos, como administradores e líderes de instituições educativas, promovendo a tomada de decisões baseadas em evidências e melhores práticas de gestão no setor. Além disso, as descobertas complementarão estudos anteriores e fornecerão orientações para políticas governamentais e ações destinadas a incentivar o uso significativo da tecnologia da informação, em particular, da IA, na educação. (Chen et al., 2020).
A aplicação específica da IA na educação assume diferentes formas, conforme evidenciado nos vários artigos analisados. Chassignol et al. destacaram a ampla aplicação da IA em diferentes áreas, incluindo o desenvolvimento de conteúdos, métodos de ensino, avaliação de alunos e comunicação entre professores e estudantes.
Por exemplo, segundo o estudo de Chassignol et al., a IA tem sido amplamente utilizada no desenvolvimento curricular, na personalização de conteúdos, nos métodos pedagógicos, na avaliação e na comunicação entre docentes e discentes. (Chen et al., 2020).
Caso Prático – Questionário
Para este caso prático resolvemos fazer um questionário aos alunos da UTAD, abordando alguns temas como o conhecimento que as pessoas têm sobre as novas realidades tecnológicas, o modo como a tecnologia é usada pelos alunos e pela instituição de ensino (neste caso UTAD) e algumas sugestões e previsões para o futuro.
Os resultados obtidos aqui serão abordados e debatidos neste tópico do artigo e também irão contribuir para a último tópico de “Reflexão Final” com vista a darem algum suporte às respostas de algumas perguntas que foram sendo levantadas no decorrer da escrita deste documento. O questionário estará também no final do trabalho em forma de link.
Introdução
Primeiramente, como modo de descrição da amostra obtida conseguimos 90 respostas de alunos estudantes de diversos cursos da UTAD. A maioria das idades dos inquiridos estão compreendidas entre os 18 e os 23 anos e o género feminino prevalece sobre os demais.
Figura 1 – Idade dos Estudantes
Figura 2 – Género dos estudantes
Fonte da imagem – Questionário
Fonte da imagem – Questionário
Figura 3 – Ano académico dos estudantes
Fonte da imagem – Questionário
Atualidade das Tecnologias
Na primeira secção do questionário intitulada “Atualidade das Tecnologias” pretendemos saber quais tecnologias os alunos vêm diariamente na sua sala de aula e quais tecnologias utilizam nos seus processos individuais de estudo. Este tópico é de grande importância para nós pois permite-nos ter uma maior noção sobre o tipo de aparelhos eletrónicos a serem usados e se estes vão de encontro às necessidades dos alunos do século XXI.
À pergunta “Quais tecnologias (Ex. Projetor, computadores, etc.) vês presentes na tua sala de aula diariamente?” as respostas limitaram-se a:
- Computadores
- Telemóveis
- Tablets
- Projetor
Estas respostas indicam-nos que existe uma diversidade de tecnologias a serem utilizadas. Porém, as tecnologias referidas são o padrão para uma aula dos dias que correm, não havendo nenhuma inovação tecnológica nem nada diferenciado nas salas de aula.
Seguidamente perguntámos se os os alunos usavam tecnologias nos seus processos de aprendizagem individual e, se sim, quais utilizavam. De facto, a esmagadora maioria dos alunos utiliza tecnologia, as respostas limitaram-se às mesmas da questão anterior: Tablets, Telemóveis e Computadores.
Figura 4 – Respostas sobre a atualidade das tecnologias
Fonte da imagem – Questionário
Estas respostas permitem-nos perceber que os alunos se limitam às tecnologias que se tornaram padrão nos dias atuais, e que praticamente é impossível fazer-se um estudo ou pesquisa sem recurso aos meios tecnológicos.
Realidade Virtual e Inteligência Artificial
A segunda secção deste questionário foi intitulada de “Realidade Virtual e Inteligência Artificial”, nela pretendemos perceber se estas tecnologias emergentes estão a ser utilizadas pelos alunos.
As respostas, embora simples e expectáveis, revelam que de facto estas tecnologias, com maior destaque para a Inteligência Artificial, estão a ser cada vez mais usadas pelos alunos.
Para além disto, tínhamos como objetivo perceber se o estabelecimento de ensino no qual os inquiridos se encontram faz, ou não, bom uso das novas realidades tecnológicas. A esta pergunta a maioria respondeu que a UTAD ainda não faz bom uso destas novas tecnologias emergentes.
Figura 5 – Respostas sobre a RV e IA
Figura 6 – Respostas sobre a RV e IA
Fonte da imagem – Questionário
Fonte da imagem – Questionário
Nestas respostas podemos ver que os inquiridos usam, de facto, as novas realidades tecnológicas nos seus processos individuais de estudo, porém o mesmo não se replica quando nos transportamos para a academia.
Como forma de perceber quais aplicações ou tecnologias de Inteligência Artificial os alunos usavam, decidimos perguntar “Quais as ferramentas de Realidade Virtual ou Inteligência Artificial que utilizas?”. As respostas foram variadas e os alunos responderam com:
- ChatGPT
- Perplexity.ai
- Bing.ai
- Copilot
- Bixby
- Notion.ai
- Lexica.art
- Gemini
- DaVinci
- Elicit
Através destas respostas percebemos que a preferência dos alunos é variada, com uma forte percentagem a escolher o ChatGPT como meio de pesquisa e recolha de informação. Isto mostra-nos que embora ainda nem todos usem a Inteligência Artificial, a perspetiva é de que esta continue a crescer e ser cada vez mais utilizada no futuro.
Futuro das Tecnologias
Na última secção deste questionário decidimos deixar os alunos fazer as suas próprias apostas sobre como será o futuro a nível tecnológico do ensino. Deixamos a resposta ser o mais livre possível de modo que cada um se pudesse expressar da maneira que quisesse.
Como não podemos esquecer o presente decidimos começar com a pergunta “O que tens a dizer sobre o estado do ensino atualmente, a nível tecnológico?”. Esta pergunta permite-nos perceber certos problemas que os inquiridos encontram com o estado atual do ensino. Das respostas obtidas gostávamos de destacar as seguintes:
- “Considero que ainda se encontra muito atrasado e as funcionalidades nem sempre são explicadas e/ou utilizadas da maneira mais correta.”
- “Tecnologicamente o ensino está extremamente atrasado, continuando com muitos métodos do passado. Muitos professores ainda têm dificuldade com coisas que, nesta altura, deviam ser básicas como computadores e projetores. Há professores que nem aceitam o uso de computador nas aulas. Todas estas coisas fazem com que o ensino esteja num estado deplorável em que um projetor ou um site para detectar plágio nos trabalhos é o pináculo da tecnologia. Uma mudança é precisa desesperadamente.”
- “Bastante mau. Muitos professores ainda não têm treinamento adequado para usar as novas tecnologias de forma eficaz. Isso resulta num uso superficial ou até em resistência, limitando o potencial das ferramentas tecnológicas”.
- “Na minha opinião o ensino tem que evoluir tal como tudo, principalmente a nível tecnológico pois este campo traz ferramentas de grande uso para ambos estudantes e professores”.
- “Cada vez mais o ensino está a ficar desatualizado com o crescimento de novas tecnologias”.
Estas respostas são exemplos de um sentimento de mudança generalizada por parte dos alunos.
A nosso ver, uma melhoria é sim necessária. No entanto, é necessário entender que para uma transição tecnológica é preciso tempo e recursos financeiros que por vezes não se encontram disponíveis de momento. Ambos os lados desta “batalha” estão corretos e uma transição digital e tecnológica é inevitável mais cedo ou mais tarde.
De seguida fizemos a pergunta “Quais novas tecnologias já existentes esperas que sejam implementadas no Ensino?”. Das respostas obtidas gostaríamos de destacar as seguintes:
- “Espero que a inteligência artificial possa ser mais aproveitada como método de apoio, quer para os professores, quer para os alunos. Principalmente espero também que o uso de um projetor e de computadores de ambas as partes se torne padrão. Um sistema de deteção real de presenças, como aqueles de impressão digital que são padrão em todos os locais de trabalho. Quadros e apresentações interativas seriam algo que faria diferença sem dúvida”.
- “Realidade Virtual, esta tecnologia poderia permitir experiências imersivas em que os alunos “viajam” virtualmente por exemplo para locais históricos”.
- “Reforço ou melhoramento de computadores e projetores, melhorar a qualidade da internet”.
- “Realidade virtual, poderia ser usada como simulador para ensinar a realidade de um sismo ou de um fenômeno”.
- “Espero que tecnologias como inteligência artificial personalizada para apoiar a aprendizagem individual, realidade virtual aumentada para aulas práticas e laboratórios virtuais sejam implementadas, oferecendo uma experiência mais interativa e prática para os alunos”.
Estas respostas mostram-nos que não é assim uma mudança tão radical que está a ser pretendida. As respostas anteriores poderiam dar uma falsa ideia de que tudo estava mal e nada estava bem, porém aqui percebemos que a mudança pedida se baseia muito em aplicar conceitos e tecnologias simples que já estão criadas e implementadas em outros setores.
Para concluir este questionário perguntamos “Quais outras tecnologias esperas que sejam inventadas no futuro de modo a melhorar o ensino?”. Das respostas obtidas gostávamos de destacar as seguintes:
- “Seria interessante ver o desenvolvimento de tecnologias de imersão total, como salas de aula virtuais com realidade virtual avançada, onde os alunos pudessem “visitar” qualquer lugar ou tempo histórico. Outra ideia seria uma IA avançada que ofereça suporte emocional e orientação para os estudantes, ajudando no bem-estar e motivação acadêmica”.
- “Cadernos digitais como forma de guardar e armazenar a matéria facilmente. Algo através da I.A. que permita fazer resumos automaticamente. Testes mais interativos e avaliações baseadas realmente em algo que o aluno mostre, em vez de testes escritos em que qualquer um pode decorar a matéria e ter nota máxima e logo de seguida esquecer tudo. Numa outra perspectiva, um plano curricular personalizado a cada aluno seria muito bem-vindo também”.
- “Inteligência Artificial (IA) adaptativa: A IA pode personalizar a aprendizagem de acordo com as necessidades, interesses e ritmo de cada aluno. Ferramentas baseadas na lA podiam criar planos de estudo dinâmicos, recomendar recursos e até oferecer feedback em tempo real, identificando onde os alunos estão com dificuldades e oferecendo intervenções específicas”.
- “Aprendizagem adaptativa, ou seja, uma maneira de acompanhar os alunos de acordo com a sua evolução”.
- “Uma que saiba fazer a separação do conteúdo necessário, para não termos que estudar o que não precisamos/ vamos usar”.
Através destas respostas podemos perceber os desejos dos estudantes e entender que não são assim tão irrealistas. Alguns deles já existem e já são implementados noutros setores ou estabelecimentos, porém continuam a ser um “desejo” pois o público geral não tem conhecimento.
Em suma, a opinião baseia-se no argumento de que devemos aproveitar as tecnologias para ajudar e para simplificar o processo de aprendizagem, não sendo pedidos exorbitantes ou irrealistas.
Reflexão Final
As tecnologias vieram para ficar, e as gerações mais novas estão totalmente imersas nesse contexto, tendo crescido em um mundo moldado por avanços tecnológicos constantes. No entanto, essa transformação também impõe desafios, especialmente no ensino, uma área que enfrenta dificuldades em acompanhar o ritmo dessas mudanças.
Atualmente, apesar do aumento no número de universitários a cada ano, poucos estudantes se dedicam plenamente aos cursos que escolhem. Para muitos, a vida universitária parece mais uma obrigação do que uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional. Isso reflete não apenas uma possível desmotivação dos alunos, mas também falhas nos métodos de ensino, que muitas vezes não dialogam com a realidade tecnológica em que os jovens estão inseridos.
A transição para um mundo mais tecnológico não ocorre de maneira uniforme. Pessoas mais velhas, habituadas a métodos tradicionais, frequentemente resistem às mudanças, especialmente às tecnológicas. Por outro lado, os que estão dispostos a abraçar essa transformação nem sempre recebem o suporte necessário para fazê-lo. Essa lacuna de apoio afeta tanto alunos quanto professores, que precisam de formação contínua para utilizar as ferramentas tecnológicas de forma eficaz.
Para que a integração da tecnologia no ensino seja bem-sucedida, é fundamental investir em capacitação e criar um ambiente que favoreça a adaptação. Essa mudança é um processo que exige tempo, paciência e empenho de todos os envolvidos. Apesar dos desafios financeiros, é possível fazer avanços significativos utilizando tecnologias já disponíveis, muitas das quais não demandam grandes investimentos.
Ferramentas acessíveis, como plataformas de aprendizagem online, gamificação e aplicativos interativos, já demonstraram resultados positivos. Por exemplo, em um estudo realizado em 2022, escolas que usaram tecnologia para personalizar o aprendizado observaram um aumento de 25% no desempenho dos alunos em disciplinas como matemática e ciências.
Em suma, as ferramentas tecnológicas atuais têm o potencial de transformar o ensino, mas essa mudança requer mais do que recursos; ela depende de confiança, dedicação e tempo. Assim como outros setores se reinventaram com a tecnologia, o ensino também conseguirá, gradualmente, acompanhar essa evolução e tornar-se mais acessível, dinâmico e relevante para as gerações futuras.
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Anexo
Link do questionário – https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScHDR6k97CbeHWOxcL8jSoxzb_WVKTF2NBnI3ZYaXxc1dI2bA/viewform?usp=sf_link