Retomamos sugestões de literatura, em particular de filosofia, que esperamos continuar a divulgar mensalmente. Novamente, contamos com os conselhos sábios da Notre Dame Philosophical Review, a partir dos quais recomendamos estas oito obras.
Primeiro, de Katharine Jenkins, Ontology and Oppression: Race, Gender, and Social Reality, Oxford University Press, um ensaio sobre perspectivas contemporâneas de áreas como feminismos, analítica e metafísica, aplicadas à dimensão ontológica da discriminação de certas minorias quantitativas ou qualitativas. Depois, Nancy Cartwright, Jeremy Hardie, Eleonora Montuschi, Matthew Soleiman, and Ann C. Thresher, The Tangle of Science: Reliability Beyond Method, Rigour, and Objectivity, sobre filosofia da ciência e como um projecto alternativo de fiabilidade além das premissas do empirismo. Ainda, Christopher F. Zurn, Splitsville USA: A Democratic Argument for Breaking Up the United States, um refrescante ensaio sobre uma possibilidade perfeitamente democrática e até, em parte, constitucional: a sesessão de estados dentro da república americana. Por fim, Gerald J. Postema, Law’s Rule: The Nature, Value, and Viability of the Rule of Law, um exercício na filosofia do direito que propõe o primado da lei como um preceito moral, independente dos seus conteúdos, a que a legislação dá suporte.
Também, de Neil Van Leeuwen, Religion as Make-Believe, uma teoria de como a religião é um “fazer de conta” totalmente diferente em conteúdo proposicional de outro tipo de asserções. De Theron Pummer, The Rules of Rescue: Cost, Distance, and Effective Altruism, um ensaio sobre as razões para o comportamento altruísta e sem ligação directa ao nosso interesse pessoal que muitas vezes temos, neste caso elaborando sobre um argumento não-consequencialista. Depois, de Owen Griffiths and A.C. Paseau, One True Logic: A Monist Manifesto, uma teoria neo-monista sobre a possibilidade de os vários modelos lógicos na tradição filosófica ocidental poderem ser agrupados num único, num volume de leitura bastante agradável. Por último, uma incursão na filosofia oriental antiga, de Tao Jiang, Origins of Moral-Political Philosophy in Early China: Contestation of Humaneness, Justice, and Personal Freedom, que serve tanto para introdução no pensamento chinês antigo como de resumo do estado-da-arte dos filósofos contemporâneos quanto à matéria em causa.