
Fundada em 2021, a Revista Minerva Universitária é uma página web dedicada, primeiramente, a todos os estudantes, investigadores e docentes das universidades portuguesas. Propõe-se a receber artigos de conteúdo maioritariamente ensaístico, aceitando também formatos além do ensaio, como a crónica e a crítica de livros, cinema, música, obras de arte em geral. Podem também enviar-nos esboços, projectos, ou apenas ideias para artigos: nós ajudaremos a desenvolvê-las.
Não estamos associados a nenhuma universidade em particular: somos um website de e para as universidades e para o mundo, independente das reitorias, das direcções das faculdades e das associações de estudantes. O nível de qualidade pelo qual nos regemos insere-se algures entre o académico informal e o científico, pretendendo ser uma ponte entre estes dois mundos. Fazemos questão que os artigos aqui publicados possam ser lidos pelo público em geral.
Os autores podem escrever-nos sobre os temas que estão a trabalhar nas suas áreas de estudo e investigação, sob um ponto de vista crítico e de forma legível para o grande público, ou sobre os tópicos em geral que bem entenderem.
Entre os nossos valores contam-se o apreço pelo rigor crítico, a fundamentação clara de raciocínios e argumentos, e a liberdade de expressão, uma condição fundamental à prática académica. Entendemos que os quadros legislativos estão, nas sociedades ocidentais como a nossa, adequados ao que pensamos: liberdade quase universal de exprimir ideias de todos os tipos, desde as mais agradáveis até às mais aberrantes, devidamente circunscrita pelas limitações legais quanto à difamação, injúria, e apelo à violência e ao ódio.
As posições públicas que tomamos em relação a determinados assuntos são na quase totalidade fundamentadas nos preceitos necessários à realização da nossa actividade — tal como o da dita liberdade de expressão, de concessões gerais ao primado do pensamento individual sobre o pensamento de grupo, e do domínio dos critérios da racionalidade e do que é factual sobre os do subjectivismo, do relativismo ou do niilismo.
De resto, manifestamo-nos contra ingerências de militância política, religiosa, ou corporativa no trabalho crítico académico, que só deve comprometer-se com os princípios que permitem a sua existência: a liberdade e a autonomia de pensamento e de acção. Entendemos que as universidades não servem para transformar o mundo ou alcançar o além, mas sim para pensá-los. Paralelamente, consideramos que a qualidade de conteúdos e a prática profissional da imprensa tradicional está em franco declínio, tanto na reportagem como no colunismo de opinião: queremos situarmo-nos vários graus acima no que diz respeito a formatos equivalentes, constituindo uma diferença de espécie quanto ao do ensaio em particular.
Temos também uma política de intervenção pontual no discurso público que decorre nas redes sociais, já que consideramos que esse é, de momento, para o bem e para o mal, um corpus de discussão intelectual completamente incontornável na vida contemporânea. Privilegiamos a análise crítica de cada tema discutido, aprofundando e complexificando as discussões, propondo correcções de facto e de categoria, e combatendo a desinformação de modo geral.
Não temos comprometimentos quanto a nenhuma norma particular no que diz respeito a língua escrita e/ou falada — e por isso não impomos nenhuma aos autores — embora entendamos que genericamente tais contratos são estabelecidos de forma livre e aberta na sociedade. Desconfiamos portanto tanto de iniciativas de cima para baixo (i.e. governamentais/estatais) como de baixo para cima (i.e., movimentos cívicos/religiosos/políticos) de alteração dessas normas estabelecidas em comunidade. Atemo-nos à tradição da gramática socialmente estabelecida e à sua íntima relação com a lógica.
Nascida no Programa em Teoria da Literatura da Faculdade de Letras de Lisboa, a Revista Minerva Universitária abrange todos os estudantes, investigadores e docentes de todas as áreas da universidade portuguesa, mas tem nas humanidades a sua casa — partindo da ideia de que é nas humanidades que se pode fazer uma síntese de todos os saberes, acessível a todos, numa linguagem natural e comum.
A nossa estrutura é composta por cerca de dez pessoas, e é financiada por capitais privados e pela boa vontade e boa fé dos seus directores e colaboradores. Qualquer pessoa interessada em colaborar connosco mais proximamente poderá também contactar-nos.
